Aborto espontâneo x fertilidade: qual a relação?

  • 24/03
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O aborto ou abortamento pode ser definido como a interrupção da gravidez antes de o feto estar completamente desenvolvido. De acordo com uma pesquisa publicada na Revista Obstetrics & Gynecology, os abortos espontâneos — isto é, aqueles que ocorrem por causas naturais — são a complicação mais recorrente durante a gestação, atingindo de 15% a 20% das mulheres. 


Embora seja comum, o incidente causa muita angústia e dor emocional para a paciente e seus familiares. Na maioria dos casos, a mulher relata sentimentos de frustração, culpa e tristeza, sendo necessário o acompanhamento psicológico para ajudar a superar o ocorrido.


Geralmente, alguns fatores de risco como idade avançada, tabagismo, diabetes e hipertensão podem elevar a probabilidade de uma gestante sofrer aborto espontâneo. Outras condições como distúrbios da tireoide, HIV, toxoplasmose, sífilis e anomalias genéticas no próprio embrião também podem influenciar a gestação e aumentar as chances de morte do feto.


Para saber mais sobre o assunto e descobrir quais são os tipos de aborto, acompanhe as próximas informações: 

 

Tipos de aborto segundo o Ministério da Saúde

 

Clinicamente, os abortamentos podem ser classificados como:

 

  • Ameaça de abortamento: nessa situação, ocorre sangramento vaginal, mas o concepto permanece vivo. A mulher pode sentir algumas cólicas suaves, mas o colo do útero se encontra fechado. O ideal é ficar em repouso e seguir as recomendações médicas.


  • Abortamento inevitável/incompleto: nesse caso, ocorre a eliminação de apenas uma parte do conteúdo intrauterino. O sangramento é maior que na ameaça de abortamento e o colo uterino mantém-se aberto, sendo comum que a mulher sinta dores. A conduta a ser seguida depende da avaliação médica e pode variar em cada caso.


  • Abortamento completo: Nesse caso, observa-se a eliminação completa do conteúdo intrauterino. A mulher terá histórico de sangramento e no exame físico o colo uterino estará fechado. Geralmente não é necessário realizar nenhum procedimento cirúrgico.


  • Abortamento retido: o colo do útero se encontra fechado e a mulher não tem sangramento vaginal, porém, o embrião não manifesta sinais de vida. Nessa circunstância, o médico pode optar por aguardar a eliminação espontânea para realizar a técnica AMIU, aspiração intra-uterina ou prescrever medicamentos que causam a expulsão do conteúdo do útero.


  • Abortamento precoce: ocorre antes da 13ª semana de gravidez e, comumente, há a presença de sangramento vaginal. Algumas mulheres, porém, não apresentam sintoma algum e acabam descobrindo o aborto durante a ultrassonografia de rotina.


  • Aborto tardio: acontece entre a 13ª e 22ª semana. Geralmente, a mulher sente fortes dores e apresenta sangramento vaginal intenso.


  • Abortamento séptico: Habitualmente, observa-se um abortamento incompleto e sintomas de infecção bacteriana, como febre, dores e secreção de pus pelo colo do útero. Essa situação é comum nos casos de aborto ilegal, realizado por pessoa não treinada e com técnicas não estéreis.

 

  • Abortamento de repetição: caracteriza-se pela ocorrência de dois ou mais abortos espontâneos consecutivamente. Por se tratar de uma situação anormal, as causas devem ser averiguadas por um ginecologista ou especialista em RH.


  • Abortamento eletivo previsto em lei: algumas mulheres podem solicitar o abortamento induzido caso tenham um feto anencéfalo (que não possui cérebro) ou corram risco de vida devido à gestação. As vítimas de estupro também têm direito a esse tipo de aborto, que pode ser realizado com técnicas de curetagem, AMIU ou medicamentos. 



Impactos do aborto na fertilidade


De acordo com dados publicados pela Associação Brasileira de Reprodução Assistida, as mulheres têm até 70% de chances de ter uma gestação tranquila mesmo após o aborto recorrente. Isso significa que o abortamento não afeta a fertilidade nem a capacidade da mulher de gestar um novo bebê.


Este fato foi comprovado também pela American College of Obstetricians and Gynecologists (ACOG). Conforme apontam os relatórios publicados pela instituição, não há nenhuma razão plausível para associar a infertilidade ao aborto, salvo os casos raros de doenças ou infecções uterinas graves. De modo geral, uma mulher que já sofreu aborto conseguirá engravidar novamente e levar a gestação até o fim, caso não existam complicações. 


Tal conclusão se embasa em um estudo publicado no periódico BMC Pregnancy & Childbirt, que examinou os dados do Registro Nacional de Nascimentos da Finlândia de 2008 a 2010 em comparação aos dados do Registro de Aborto Induzido de 1983 a 2007. Ao revisar as informações a partir de visitas de acompanhamento de 5.167 mulheres elegíveis para o estudo e que tiveram abortos anteriores, os pesquisadores não encontraram evidências de uma ligação entre aborto e infertilidade secundária.


Tratamento para fertilidade


Embora não haja uma correlação entre aborto e infertilidade, é possível que algumas mulheres experimentem dificuldades para engravidar após um abortamento. Isso pode ocorrer caso exista alguma alteração no útero, ovários e trompas ou outros fatores internos que impedem a concepção.


Felizmente, no Instituto Verhum — que é referência nacional em reprodução assistida —, é possível realizar um tratamento completo para infertilidade através de técnicas seguras que acompanham as últimas inovações da medicina reprodutiva.


Para garantir um atendimento integral aos casais inférteis, o Instituto Verhum dispõe de uma equipe médica altamente qualificada nas especialidades de reprodução assistida, andrologia, ginecologia geral e obstetrícia, genética, ginecologia oncológica, psicologia, ultrassonografia e endoscopia ginecológica.


Para agendar uma consulta, entre em contato pelo WhatsApp (61) 99660-4545 ou ligue (61) 3365-4545.

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